O alfaiatezinho Valente

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O alfaiatezinho Valente
(Conto de Grimm)


No mundo da fantasia, da imagem que, quando trabalhada, transforma e enriquece a realidade, vamos entrando no tema herói. Quem é herói nos contos de fada, como é que ele surge, que características ele tem e como é que ele consegue ser vitorioso?


Entre os gregos, nos tempos arcaicos, o herói tinha função principal ser o que mostrava.


O caminho de volta para a imortalidade, para a era onde reinava a nobreza, a beleza e a bondade. Era um exemplo para quem quisesse buscar a solução da famosa pergunta: “de onde vem, quem és e para onde vais?”.


Há muitas semelhanças entre os heróis da mitologia grega e os dos contos de fada, mas infelizmente não percebemos tão claramente, porque seria muito estranho para nós se um conto acabasse com a morte do herói, que para os antigos era o momento mais elevado de seu caminho.




Talvez, o que tenham em comum seja o fato que qualquer pessoa, mesmo quem nasça em berço mais humilde possível, o caçulinha, o bobinho da família, possa se torna herói. O pequeno alfaiate que encontraremos no conto a seguir, recontado pelos irmãos Grimm, enquadra-se muito bem nesse tipo de herói: um humilde artesão, que de repente passa a enfrentar enormes gigantes e recebe, por fim a coroa de rei.




Só que a estória nos choca constantemente, porque o meio que o alfaiate usa não nos parece nada louváveis; finge o tempo todo, faz-se valente quando na verdade é um pobre diabo. Engana o quanto pode. No entanto, sentimos certa simpatia pela sua esperteza e astúcia, e passamos no final a olhá-lo com muito mais apreço. Quem sabe ele não consiga nos transmitir a idéia de que até o mais pobre e humilde, aquele que só sabe mata moscas, tem chances também de ser coroado?




Maiores informações e interpretação a respeito do conto leiam: O QUE CONTA O CONTO? Jette Bonaventure.


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