Psicopatía, psicópatas y complementarios

Reportaje a Hugo Marietan:




“Os políticos costumam aferrar-se ao poder como psicópatas”




Para os que têm essas caraterísticas, as pessoas são só coisas, afirma o psiquiatra.

“Os psicopatas mentem de maneira muito artñistica”, diz Marietán.

Laura di Marco

para La Nación, febrero 2009


“Os políticos importantes geralmente são psicopatas por uma simples razão: o psicopata adora poder. Utiliza as pessoas para obter mais e mais poder, e as trasnforma em coisas para propio beneficio dele. Isto não quer dizer, lógicamente, que todos os políticos ou todos os líderes sejam psicópatas, desde já, mas sim que o poder é um âmbito onde eles movem como peixe na água.”

Quem o diz é o médico psiquiatra Hugo Marietán, uns dos principais especialistas argentinos em psicopatia e referência fundamental para aqueles que põem a lupa nestas personalidades atípicas, que não necessariamente são as que protagonizam as notícias policiais de alto impacto.

Porque, precisamente, a alusão não é dirigida aos assassinos seriais como Hannibal Lecter , o psiquiatra perturbado do filme “O silêncio dos cordeiros”, senão a aquelas personalidades que Marietán define como “psicopatas cotidianos”. Personalidades especiais, mas que não só se adaptam perfeitamente ao medio, senão que também costumam estar em torno nosso sem maiores estridências. É mais mesmo: muitos deles costumam chegar à cume económica, política e do reconhecimento social.



O novedoso na definição que faz Marietán, membro da Asociação Argentina de Psiquiatría e condierado uma autoridade na sua especialidade, é que o psicopata não é um enfermo mental , senão uma maneira de ser no mundo. É dizer: uma variante pouco frecuente do ser humano que é caraterizada por ter necessidades especiais. O afã desmedido de poder, de protagonismo ou matar podem ser algumas delas. Funcionam com códigos proprios, distintos dos que maneja a sociedade, e costumam estar dotados para ser capitães de tormenta por seu alto grau de insensibilidade e tolerância a situações de extrema tensão.



Na psicopatia, diz este experto, não existem “tipos”, senão graus ou intensidades diversas. Assim, o estuprador serial seria um psicopata mais intenso o extremo do que o cotidiano, mas portador da mesma personalidade.



Aos 57 anos, é professor na Universidad de Buenos Aires, codiretor da revista de neuropsiquiatria Almaceón e coordenador do portal espanhol psiquitria.com. A partir da década dos ’80, trabalhou nos hospitais Moyano, Esteves e Borda, onde dirigiu cursos de semiologia psiquiátrica, Sua página em Internet (www.marietan.com) é de referência permanente nos estudios sobre psicopatia.

Segundo explica na entrevista com LA NACIÓN, existe um três por cento da população com caraterísticas psicopáticas. É dizer, 1.200.000 pessoas na Argentina. “A relação é de três homeins por cada mulher. São 300.000 damas e 900.000 cavaleiros. ¿Por que mais homeins? Suspeito que é porque a mulher utiliza seu poder na âmbito da casa”, diz.

-¿Como distingue um político psicópata dum que não é?


- Uma caraterística básica do psicopata é que é um mentiroso, mas não é o mentiroso qualquer. É um artista. Mente com a palavra, mas também com o corpo. Atua. Pode, inclusive, fingir sensibilidade. Acreditamos nele uma e outra vez, porque é muito convincente. Um dirigente cualquer sabe que tem que cumprir sua função durante um tempo determinado. E, cumprida a missão, vai embora. Ao psicopata, por outro lado, uma vez que está acima, ninguem pode tirá-lo: quer estar uma vez, duas vezes, três vezes. Não deixa o poder, e muito menos o delega. Talvez você lembra alguem assim? Outra carateristica é a manipulação que faz das pessoas. Em torno do dirigente psicópata se movem pessoas que quer satisfazê-lo, pessoas que, embaixo o efeito persuasivo, são capazes de fazer coisas que de outro modo não fariam.

- ¿Como debaixo do efeito dum feitiço?


- São pessoas subjugadas, sim, e inclusive pode ser de alto nivel intelectual. Este tipo de líderes não consideram aos cidadãos como pessoas com dereito: os consideram como coisas. Porque o psicópata sempre trabalha para ele mesmo, ainda que em seu discurso diga tudo o contrário. As pessoas são simples instrumentos. Ele carece da habilidade emocional da empatia, que é a capacidade de qualquer pessoa normal de pôr-se no lugar do outro. As “coisas”, para o líder político com estas caraterísticas, têm que estar a seu serviço: pessoas, dinheiro, a famosa caixa para pagamentos, para comprar vontades. Utilizam o dinheiro como elemento de presão, porque utilizam a coerção. A pergunta do acionar psicopático típico é: ¿como dobro a vontade do outro? ¿Com um cargo, com um plano, com um subsidio? ¿Como divido?


- ¿ A tendência a favorecer a determinadas pessoas na política é, segundo você, uma forma de considerar as pessoas como coisas?

- Sim, porque é um “eu te dou, mas você retorna para min, você vem ao este ato político, você responde como eu peço”. Não é um dar sem interesse nem movido pela sensibilidade de querer ajudar a quem não tem nada. É uma utilização das pessoas para construir o proprio poder.

- Isso é claro, mas ¿que definiria como ato psicopático?

- Que está tirando-lhe às pessoas a capacidade de escolher. O psicópata sempre nos deixa sem opcões: as pessoas que ele manipula estão numa desventagem económica tal que não têm outra saída: ou como e sigo-lhe ou não sigo-lhe e não como. A liberdade das pessoas é a capacidade de ter alternativas.




- ¿ O líder psicópata sabe que trabalha para ele mesmo ou acredita verdadeiramente lutar por uma causa superior?




É muito dificil entrar na cabeza dele. Eles têm uma lógica muito diferente. Contudo, ele acredita ou não, a bandeira que utiliza sempre é suprapessoal, mais lá, inclusive, deste momento. Outras bandeiras podem ser a apelação ao homem novo, o projeto nacional, a liberação, a raça superior, a Nação, a pátria. O psicópata sempre necessita procurar um inimigo, para aglutinar. E, logicamente, nunca vai dizer: “Vamos trabalhar para min”.

- ¿ E este líder não pode mudar? ¿ Ele aprende de seus erros?



- Não. Sempre é igual a ele mesmo: a psicopatia é uma estrutura que não muda.



- Até agora, você os pinta somo seres indestrutíveis, mas algum calcanhar de Aquiles devem ter. ¿Qual é esse ponto fraco?


- A frustração de seus planos. Quando apostam por um projeto, ponem tudo e não têm sucesso. Aí, o psicopata se desorganiza e começa a fazer bobeiras. É uma personalidade controladora. Por isso no momento da frustração pode ter atitudes toscas, lerdas. E neste ponto, as pessoas vêm que ele faz bobagem, uma e logo outra, e começa a quebrar-se essa unidade, que ele conseguiu com sua persuasão.


- Você diz que eles aferram-se ao poder e que é muito dificil tirar-os daí. ¿Alguma sugestão?


- Bem, tem que haver muitos líderes dos comunes, normais, ou bem outro psicópata forte que possa fazê-lhes frente. Entre muitas pessoas conseguem tirar ao dirigente psicópata, ou pelo menos, reduzir o poder dele. Outra coisa é aprender a não escolhê-los. O psicópata necessita desestabilizar sempre as coisas, aqui e lá. Por isso necessita fabricar crise. Se nós entendemos como é seu mecanismo, os podemos distinguir e votar por outros líderes, que podem ser muito carismáticos, inclusive, mas não psicopáticos.

- Se algum político lesse esta entrevista, ¿ele se reconheceria como tal?

- Lógicamente que não. Ele terminará de ler e vai dizer às outras pessoas: ¡que barbaridade; quantos psicópatas há por volta no mundo!



HUGO MARIETÁN



Médico psiquiatra


Dotor e professor: trabalhou desde 1982 no Hospital Moyano e Hospital Borda. Ensina nivel de grau e pós-grau.



Escritor: escreveu papers acadêmicos (“Semiologia Psiquiátrica”, “Curso sobre psicopatia”, “O complementario e seu psicópata”) e também romances e peças de teatro.

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