Martelo Bigorna


Muito do que eu faço

Não penso, me lanço sem compromisso.

Vou no meu compasso

Danço, não canso a ninguém cobiço.

Tudo o que eu te peço

É por tudo que fiz e sei que mereço

Posso, e te confesso.

Você não sabe da missa um terço



Tanto choro e pranto

A vida dando na cara

Não ofereço a face nem sorriso amarelo

Dentro do meu peito uma vontade bigorna

Um desejo martelo



Tanto desencanto

A vida não te perdoa

Tendo tudo contra e nada me transtorna

Dentro do meu peito um desejo martelo

Uma vontade bigorna



Vou certo

De estar no caminho

Desperto.

Leila Maggio
Psicóloga Clínica 

Quais são as emoções que mais nos fazem mal?


Muitas vezes as doenças são geradas de emoções que não são expressas, são reprimidas.

As emoções básicas são o medo e o amor , podemos citar o medo como denominador comum das doenças na atualidade.

A raiva é uma outra emoção que é positiva na medida em que nos defendemos, marcando nosso espaço, mas ela pode em demasia se tornar agressividade, resentimento, afetamdo o sistema imunológico, o fígado.

As emoções se tornam negativas quando são reprimidas.

Precisamos transformá-las, permitindo que elas cheguem a mente, criando um bem estar psíquico, saúde.



Leila Maggio

Daniel Alves da Silva (Juazeiro, 6 de maio de 1983) é um futebolista brasileiro que atua como lateral-direito. Começou sua carreira no Juazeiro, mas foi no Bahia onde foi revelado e eternizado ídolo do clube. Atualmente joga no Barcelona .

Site do Daniel: clique aqui


Alberto Estévez/EFE


"O brasileiro Daniel Alves não escondeu o orgulho de fazer parte do elogiado elenco do Barcelona, neste sábado, após ajudar o seu time a conquistar a Liga dos Campeões da Europa. Os espanhóis venceram o Manchester United por 3 a 1, em Wembley, e faturaram seu segundo título europeu em três anos."

Jogo do dia 28/05/2011

Jaja

Feliz Aniversário!!!!!!



• * '¨) ¸. • ♥ Felicidades• * '¨) ¸. • ♥

Por: Luís Henrique Pellanda



Calculo que seja meio-dia. Cruzo a Osório com pressa, tenho pouco tempo para viver entre os turnos do expediente e, detrás de cada palmeira, me espreita uma cigana. Saltam pelo meu caminho, tentam me emboscar, se espalham pela praça anarquicamente, como os bombons de uma caixa violada, coloridas surpresas de Páscoa. São predadoras que se interpõem entre meu corpo e meu futuro; eu resisto à ameaça de suas mãos — vem cá —, ao enigma de seu sotaque, ao babado de seus vestidos — vem cá, vem? —, suas mangas bufantes e acetinadas — vem cá, menino! Não vou, não sou menino, menino onde? Procuro não mover o pescoço, congelo as sobrancelhas, comprimo os beiços, estoico. Basta, digo a mim mesmo, chega dessas aventuras de calçadão. Não as encaro, ciganinhas, mas sim, noto na periferia do meu olho direito uma sugestão agradável de celofane, um tilintar de pulseiras, pedras falsas, dentes de ouro — e por fim um salto, o bote de uma tigresa. Nossos sentidos são armadilhas embutidas na alma, penso. Todo homem é sua própria caça, e comigo não será diferente.

A garra me captura pelo antebraço e sou obrigado a interromper minha marcha vida afora. A fera tem unhas roxas e compridas, o rosto talhado em cobre duro, a voz mais bonita que a boca, os cabelos mais velhos que eu. Atrás de nós, o grande chafariz se desliga abruptamente — o que houve, quem o desligou? — e o mundo parece ficar mais silencioso; na verdade, não me lembro de silêncio mais vasto que aquele, tão devastador e, ao mesmo tempo, familiar. A cigana, imortal, se aproveita da mudez súbita das águas, fala baixo, só para mim:


— Uma mulher…


Não quero ouvir, deixo isso claro, tento libertar meu braço. Ela o aperta ainda mais, aquilo me irrita, me obriga a reagir, a me mover de modo agressivo.


— Uma mulher vai se atravessar no teu rumo.

Que novidade, respondo, e enfim, num arranco mais bruto do cotovelo, me livro de sua mão áspera, tchau, obrigado — vem cá, volta, menino! — e já retomo a direção da Avenida Luiz Xavier, rindo da ironia de ser amaldiçoado por uma cigana justamente ali, no bafo da Boca Maldita, e logo ao meio-dia, hora aberta e perigosa. Quer dizer, calculo que seja meio-dia e checo o antigo relógio da praça: nossa, os ponteiros enlouqueceram, correm no sentido anti-horário, o dos minutos na velocidade dos segundos, o das horas no pique dos minutos. Mas quem é que cuida desse relógio maluco?

Continuação aqui

A Dama e a borboleta



Desenho de Maureen Miranda



***

Ton sourire me tient


Donc, avec le son coupé dans sa bouche

Et votre contact ...

comme un papillon terres

le silence,

Je étouffer le cri que

entre les lignes

Je souffre avec vous

toujours souffert

Toutes ces années,

ces jours-ci ...

Simone R.






Você não se penteia nem se pinta

- Eu sou apaixonado por você!

Você cutuca a cara de espinha

- Eu sou apaixonado por você!

Você emagrece d'uma hora pra outra

- Eu sou apaixonado por você!

Engorda quando come macarrão

- Eu sou apaixonado por você!

Você é moça e tem bigode

- Eu sou apaixonado por você!

Você me cobra caro o seu amor

E nem é do tipo que eu gosto

- Eu sou apaixonado por você.

Raul Seixas (Poesias)



Fotografias de Annie Leibovitz:









Endymion



O que é belo há de ser eternamente
Uma alegria, e há de seguir presente.
Não morre; onde quer que a vida breve
Nos leve, há de nos dar um sono leve,
Cheio de sonhos e de calmo alento.
Assim, cabe tecer cada momento
Nessa grinalda que nos entretece
À terra, apesar da pouca messe
De nobres naturezas, das agruras,
Das nossas tristes aflições escuras,
Das duras dores.
Sim, ainda que rara,
Alguma forma de beleza aclara
As névoas da alma.
O sol e a lua estão
Luzindo e há sempre uma árvore onde vão
Sombrear-se as ovelhas; cravos, cachos
De uvas num mundo verde; riachos
Que refrescam, e o bálsamo da aragem
Que ameniza o calor; musgo, folhagem,
Campos, aromas, flores, grãos, sementes,
E a grandeza do fim que aos imponentes
Mortos pensamos recobrir de glória,
E os contos encantados na memória:
Fonte sem fim dessa imortal bebida
Que vem dos céus e alenta a nossa vida.

John Keats

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