Sonhos de Ano Novo

É preciso viver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar.É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os desejos não precisam de razão, nem os sentimentos, de motivos.
O importante é viver cada momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver...
Desejo que em 2009, você...
Realize todos os seus sonhos; Descubra a cada dia coisas novas para realizar esses sonhos... Não tenha medo de
viver o momento em que eles acontecerem; E, nesses momentos, descubra novos sonhos.
Feliz Ano Novo!

Natal 2008

A importância de se compartilhar

Nas relações entre as pessoas, há, muitas vezes, a tendência e o hábito de falar-se do externo. Gasta-se a maior parte do tempo e conversas entre amigos, familiares e colegas de trabalho, falando-se do tempo, da política, do futebol, da fórmula 1, em detrimento de falar-se de si.

É uma pena. É lastimável que percamos tanto tempo de nossas vidas falando superficialidades. Deixamos de abrir nossos corações. Perdemos a oportunidade preciosa de expressar nossos sentimentos falando de nós, que é o essencial em comunicação humana. Então, conversas que poderiam ser riquíssimas ficam vazias. Sem conteúdo. Isto é ainda mais lamentável quando se trata de relações afetivo-sexuais. Em momentos que o afeto pode ser o ingrediente maior, pela nossa falta de costume gastamos tempo e conversa sem aprofundar.

É como se tivéssemos medo de falar do interior. Há um receio, até por falta de oportunidade e experiência. Falar de si é uma arte que precisamos elaborar e construir em nossas vidas até para podermos legar às futuras gerações.

Timidez, repressão dos pais, falta de hábito, machismo são algumas das causas deste bloqueio que impede que falemos genuinamente de nossas mais verdadeiras e profundas emoções, medos, receios, inseguranças e desejos. Então trancamos a porta do coração com a chave da superficialidade.

Precisamos romper estes padrões sob pena e risco de atravessarmos esta vida sabendo tudo de nosso time, do nosso partido, de carros e pouco ou quase nada de cada um de nós. O caminho do amor passa pela conexão de nossos corações até a língua, como veículo de expressão.

Dizer que se ama, que se quer bem, pedir desculpas, reconhecer erros, estar abertos a escutar é saudável para nossos relacionamentos conosco e com os outros.

* jayme@libertas.com.br


 FamíliaA família vem-se modificando ao longo dos tempos. Diferentes arranjos familiares são constituídos e precisam ser considerados. Muitos casais têm um ou mais filhos, além dos filhos de cada um, que convivem como uma grande família.
As relações que se estabelecem entre os diferentes membros, formados nesta nova configuração familiar, precisam ser cuidadas. O próprio direito de família pode priorizar os laços afetivos, e não só os laços consangüíneos, quando assim entender que é melhor para a criança, a exemplo da guarda do filho da cantora Cássia Eller, que ficou com a companheira da mãe e não com o avô.
A homoparentalidade é um tema que precisa ser abordado como tantos outros na família atual. Também sexualidade, desde a infância e a adolescência, e as possíveis conseqüências na vida privada e social.
A frágil comunicação interpessoal e o acúmulo de tensões e conflitos não resolvidos, agravados pelas perturbadoras emoções de ciúme, inveja, raiva, terminam sendo expressas em forma de violência.
Como lidar com tamanha complexidade, assim como pensar o papel da escola e da terapia, em relação às questões familiares, são temas que serão abordados para uma maior reflexão.


Realidade: O fundamento da moralidade


A religião, como ferramenta de controle social, é sempre moral. Moral que, apesar de iniciada sobre valores positivos, quase sempre se torna perversa, justificando atrocidades e desmandos. Décadas de vida sob o jugo religioso deixam marcas. A maior delas é buscar um sentido moral para a realidade.

Essa é a pedra de roseta para compreender a grande confusão em que nos encontramos. Buscar um sentido moral, um valor basicamente humano, no infinito, é como buscar justiça na gravidade ou felicidade no vento. Pode até funcionar em termos poéticos e alegóricos, mas configura-se um desastre como literariedade. Diante disso vem à pergunta fundamental: "O que devo fazer"? Como alalisar adequadamente todos os fatores complexos que formalizam a decisão? foram sugeridas muitas respostas possíveis: faça aquilo que traga o maior benefício para o maior número possível; faça uma ação caridosa; faça o que parece ser bom.
Enraizada firmemente na tradição católica está a convicção de que a moralidade se baseia na realidade.A realidade é Deus, mais o seres humanos e toda criação _todos relacionados entre si.

Embora "O que devo fazer "? seja a primeira pergunta que fazemos, ela não é a mais importante.Pelo contrário, envolve uma pergunta mais fundamental: "O que devo ser"?. Somente se tivermos certa compreensão daquilo que é a existência humana é que podemos determinar se certa ação promove ou destrói essa humanidade. A resposta apropriada para "O que devo fazer"? é portanto, aquela que mais plenamente respeita a realidade e ajuda a vida humana a crescer em relação a Deus, aos outros irmãos e a toda criação.

Clarice Lispector "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro modo."


Jesus Cristo

No seu famoso livro "Cristianismo Autêntico", Lewis fez a seguinte declaração, "Um homem que fosse um mero homem e dissesse o tipo de coisas que Jesus disse, não seria um grande professor de moral.
Ele seria ou um lunático, igual a um homem que diz que é um ovo cozido, ou ele seria o diabo do inferno. Você terá que fazer sua escolha. Ou ele era e é o Filho de Deus, ou é um louco ou algo pior. Você pode tê-lo por um tolo ou você pode cair aos seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não é permitido vir com algum disparate sobre ele ser um grande mestre. Ele não nos deixou esta opção."Quem é Jesus de Nazaré para você? A sua vida nesta terra e por toda eternidade é determinada por sua resposta a esta pergunta.A maior parte das religiões foram fundadas por homens e estão baseadas em filosofias, regras e normas de condutas feitas por homens. Tirem os fundadores destas religiões de suas disciplinas e práticas de adoração e pouco será mudado. Mas tire Jesus Cristo do cristianismo e não teremos nada. O cristianismo bíblico não é apenas uma filosofia de vida, nem um padrão ético ou obediência a um ritual religioso. O verdadeiro cristianismo está baseado numa relação vital e pessoal com um Salvador ressuscitado e vivo."Se alguma vez o Divino apareceu na terra, foi na pessoa de Cristo." Johan Wolfang von Goethe, escrito pelo dramaturgo alemão nos últimos anos de sua vida.

O Dr. Martin Luther King, Jr. (15 de janeiro de 1929, Atlanta, Geórgia – 4 de abril de 1968, Memphis, Tennessee) foi um pastor e ativista político estadunidense. Pertencente à Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é "Eu Tenho Um Sonho".







Tarsila do Amaral É a pintora mais representativa da primeira fase do movimento modernista brasileiro. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.


Leonardo tinha sempre um hábito: reunir uma pequena multidão em praça pública para expor suas idéias de engenheiro, pintor, escultor, filósofo, músico ou poeta. Espirituoso, sabia como prender o público com anedotas e fábulas que inventava com grande perfeição, e coma as músicas que tirava de sua lira. "Quem não ama a vida, não a merece", dizia.
Mais do que com suas anedotas e músicas, Leonardo deixava o público boquiaberto com seus mirabolantes projetos. Máquinas capazes de fazer o homem voar, barcos que navegam sob a água, armas infernais de guerra, e ainda profetizava conquistas somente alcançadas séculos depois:
"Com pedra e ferro, tornar-se-ão visíveis coisas que não aparecem"
"Homens falarão a outros de longínquos países e obterão respostas"
"Imitando os pássaros, o homem ainda aprenderá a voar"
Afirmando que uma ciência é tanto mais ciência quanto permite conhecer exatamente as coisas, seja o comportamento do vidro ou dos movimentos do estômago, Leonardo afrontou toda a prevenção contra as artes mecânicas que havia pesado sobre a antiguidade, aonde todo aquele que não se ocupasse com a ciência do espírito era relegado a uma categoria inferior. Com ele, imaginar e construir máquinas passou a ser considerada uma pesquisa experimental das leis da mecânica. Por este aspecto, e não pelos engenhos espantosos que idealizou e nunca funcionaram (nem funcionariam), pode ser tido como um dos precursores da metodologia científica.



















O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o trabalho e tantos outros.
Desde os primórdios da humanidade, a vida em sociedade traz em seu contexto a disputa pelos bens, disputa essa que jamais se arredará, pelo simples fato de cada ser humano constituir um universo próprio de desejos maternais, donde a necessidade de regras gerais é estabelecer limites que possibilitem a não invasão dos direitos individuais.
Quando se fala, por exemplo, em dignidade, em sentimento, amor, ódio, conhecimento, intelectualidade, desejo, indiferença, está se falando em valores intrínsecos do ser humano, em valores que constituem um patrimônio subjetivo, visualizado no mundo exterior apenas nas manifestações que cada pessoa, em determinados momentos, deixa livremente exalar de seu corpo, de seu espírito, de sua alma, mostrando-se como verdadeiramente é, mostrando-se exclusivamente "ser".

Mas, para falarmos de valores intrínsecos, temos, primeiramente, que nos reportarmos ao segundo período do Estado de Direito, que teve seu início em meados do século XIX. No Estado de Direito, vemos que atribui-se ao Estado a missão de buscar a igualdade entre os cidadãos; para atingir essa finalidade, o Estado deve intervir na ordem econômica e social para ajudar os menos favorecidos; a preocupação maior desloca-se da liberdade para a igualdade.
O individualismo, que imperava no período do Estado Liberal, foi substituído pela idéia de socialização, no sentido de preocupação com o bem comum, com o interesse público. Isto não significa que os direitos individuais deixassem de ser reconhecidos e protegidos; pelo contrário, estenderam o seu campo, de modo a abranger direitos sociais e econômicos.
O fracasso do chamado Estado Social de Direito é evidente. No Brasil, a exemplo do que ocorre em muitos outros países, não houve a mínima possibilidade de que milhões de brasileiros tivessem garantidos direitos sociais dos mais elementares, como saúde, educação, previdência social, moradia. Grande parte da população não tem assegurado o direito a uma existência digna.
As limitações ao exercício dos Direitos Individuais em benefício de uma coletividade foram o único caminho encontrado para o alcance de maior eqüidade social. Como disse Bobbio, "as sociedades reais, que temos diante de nós, são mais livres na medida em que menos justas e mais justas na medida em que menos livres".
Quando falamos em ser humano, em individualidade e em sociedade, não podemos deixar de falar, também, no lema "Liberté, Egalité, Fraternité", ou seja, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" usado na Revolução Francesa, em 1784, o qual retratava o seguinte:
Liberdade: os homens nascem e permanecem livres e iguais nos direitos. A liberdade é considerada um direito natural;
Igualdade: a lei é a mesma para todos, profissões e funções públicas são acessíveis a todos, sem distinção por nascimento. Os cidadãos são iguais perante a lei, o que significa que privilégios são condenados;
Fraternidade: auxiliar os povos da Europa a se tornarem Estados livres como o francês.
Infelizmente, esse ideal não foi atingido durante a Revolução e nem atualmente.
Durante a Revolução Francesa, na qual a Liberdade surgiu num sentido singular, as pessoas desfrutaram de maiores facilidades e concessões, o que se convencionou chamar de direitos. Estes não eram iguais para todos, se entendermos que a igualdade era a meta mais difícil, devido à crescente divisão social. Até hoje, o homem não realizou os ideais da Revolução. No entanto, grandes mudanças ocorreram na "imortal trindade", tais como: o conceito de liberdade que passou para liberdades, "positiva" e "negativa". A primeira, "positiva", é a idéia na qualidade de cidadãos, de participação política, e a "negativa" se resume em poder fazer ou ser aquilo que se quer. A igualdade teve, nesses 200 anos, com o desenvolvimento social, um aumento nas desigualdades, e a fraternidade foi abandonada em um mundo que colocou a afirmação dos Estados Nacionais acima da solidariedade entre os povos.
A palavra caridade, junto com o lema revolucionário Francês "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", em conjunto, formam um símbolo, uma aspiração e uma inspiração, para todas as pessoas comprometidas com os valores humanos e com a organização da vida social e coletiva do homem.
O Estado, por sua vez, na forma como se organiza, tendo em vista uma cidadania melhor, acaba por propor e criar políticas sociais que não levam em conta o cotidiano e a construção de uma cidadania crítica, participativa e de qualidade.
Sabe-se que o problema da desigualdade é um componente histórico-estrutural, que perfaz a própria dinâmica da resistência e da mudança, pois, o capitalismo representa uma sociedade de discriminação. O que se quer são formas mais democráticas, políticas sociais que reduzam o espectro da desigualdade e da desconcentração de renda e poder. O Estado pode ser um eqüalizador de oportunidades, desde que defina, não o seu tamanho ou presença, mas a quem serve.
A concepção de cidadania persistida pelo Estado, ainda baseia-se nos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, onde a própria organização política, histórica e social brasileira torna-a impossível, pelas grandes desigualdades e mazelas sociais existentes.
As políticas sociais, embora tenham objetivo de proporcionar uma harmonia entre os três princípios, têm se mostrado insuficientes para resolver as contradições entre a proposta de cidadania e a sua realização efetiva.
Gumersindo Bessa 1, dá o seguinte parecer sobre o homem social: "Cada um vê as coisas conforme o ponto de vista em que se coloca. O meu ponto de vista para julgar a sociedade é este: o homem social é um carnívoro açamado (amordaçado com açamo - focinheira para cães). O açamo chama-se a lei, polícia, poder público. Nos momentos em que a vigilância do poder público adormece ou a coação legal esmorece, cai o açamo, o homem recobra toda a sua liberdade natural, e fica apenas limitado o seu poder por esta lei única: o mais fraco é presa do mais forte. Encarando assim os fatos sociais, é tão insensato o louvor quanto o vitupério. A natureza é imoral".
De todo o exposto, é inarredável que tenhamos a consciência da impossibilidade de radicalismos, porém, é necessário que o Direito observe, na sua evolução, não apenas a evolução objetiva da sociedade, mas, principalmente, o que o ser humano tem de essência, tornando-se este a razão da existência daquele.
Sonhar com um mundo de iguais: fraterno e livre. Sonhar com um mundo sem religiões em que os homens vivam apenas para o dia de hoje. Sonhar com um mundo sem patrões, sem governos, sem ricos nem pobres. Sonhar com a Utopia de Thomas Moore, com a República de Platão, com o Socialismo de Karl Marx. Sonhar com a Era de Aquários que acabou nunca acontecendo. Sonhar com um mundo completamente diferente do competitivo mundo do século 21. Sonhar, sonhar sempre!
Continuemos, pois, a sonhar. Quem sabe, um dia, conseguiremos idealizar e, acima de tudo, concretizar uma sociedade perfeita. Uma célula fraterna, gerida por um núcleo de notáveis escolhidos entre os mais sábios e mais magnânimos. Uma sociedade que funcione com uma única célula, sempre em prol do bem comum.

1 Gumersindo Bessa, de J.Dantas Martins dos Reis, Editora Regina Ltda, Aracaju-SE, 1958.
© Texto produzido por Rosana Madjarof

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