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Diretor James Cameron compara drama de índios ameaçados por hidrelétricacom Avatar, filme de maior bilheteria da história do cinema
O diretor canadense James Cameron, diretor de Avatar, filme de maior bilheteria da história do cinema, visitou no final de março as áreas que devem ser alagadas para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.
Ele viajou para o Brasil para participar do Fórum Internacional de Sustentabilidade, em Manaus (AM), e aproveitou para conhecer a região vizinha.
Mesmo criticado, o projeto bilionário, que é o maior do setor desde a construção de Itaipu, usina erguida na fronteira do Brasil e Paraguai durante a ditadura militar, será executado de qualquer maneira, segundo o Ministério de Minas e Energia.
O leilão para construção está marcado para o dia 20. A obra é tão colossal que tem sido comparada à abertura do Canal do Panamá, nada menos do que a ligação do Oceano Pacífico com o Oceano Atlântico no começo do século passado.
Cameron diz que decidiu ir até as terras que devem ser alagadas pela represa gigante em função da insistência dos que são contrários ao projeto.
Conforme a Folha Universal vem noticiando desde outubro de 2009, a maneira como o projeto foi aprovado é contestada por movimentos sociais, moradores locais, acadêmicos e procuradores do Ministério Público Federal.
O cineasta ficou sensibilizado com as críticas e aderiu aos protestos contra a barragem.
Por telefone, direto de Altamira, no Pará, ele comparou a situação dos indígenas e ribeirinhos que serão expulsos das terras em que vivem à dos Na´vis, os personagens azuis que fizeram sucesso em cinemas de todo o mundo.
“É praticamente a mesma história. No Avatar, temos uma corporação formada por um consórcio entre o governo e uma empresa de energia tentando extrair um mineral para garantir o fornecimento de energia no futuro.
Para isso, precisa retirar a população local, que vive na região há milhares de anos.
E eles se recusam a sair”, afirma o diretor. “As pessoas que conheci também não querem sair e entendem que, se deixarem suas terras, serão destruídas.
É igual”, destaca Cameron.Reunião com índios O cineasta teve a oportunidade de conhecer e conversar com índios caiapós que haviam se reunido para debater como resistir à obra.
Do inglês, o que dizia era traduzido para o português e só então para a língua falada pelos índios. “Foi uma oportunidade fantástica. Em alguns momentos, demorou um pouco para que nos entendêssemos, mas quando as pessoas querem se comunicar, elas são pacientes.
Eles foram muito receptivos e ficaram felizes com o interesse”, explicou.
“A principal reclamação deles é que, mesmo com a perspectiva de terem a vida destruída, não têm sido ouvidos”, disse.
Para Cameron, os brasileiros não devem se ressentir quando estrangeiros fazem críticas a projetos como o de Belo Monte.
“Sei que muitos ficam incomodados em ver ‘gringos’ julgando, mas é preciso que entendam que a Amazônia é vista como uma das grandes maravilhas do mundo e que existe uma enorme preocupação em proteger as últimas culturas indígenas que restaram no planeta”, afirma.
“O Brasil é um país maravilhoso com uma riqueza fantástica e é preciso ter em mente como seria grave se isso tudo fosse destruído”, completa.
Ele se diz tão encantado com a região que fala em utilizar fotografias da paisagem para fazer uma continuação de Avatar.
“Vejo a possibilidade de realizarmos outro Avatar aqui, ou basear um novo trabalho em um tour fotográfico da região. No primeiro filme tudo foi feito em computação gráfica.
Mas a riqueza da paisagem, da floresta, a inventividade da natureza é maravilhosa e tenho certeza que podemos integrar fotografias reais da floresta em outro Avatar.
Pode ser um relacionamento de longa duração”, empolga-se.
Ao mesmo tempo em que defende que os principais conflitos militares hoje são baseados em disputas por energia, citando que os Estados Unidos só invadiram o Iraque devido ao interesse por petróleo, o diretor credita o sucesso de Avatar à mensagem que o filme passa de preservação da natureza e de resistência dos povos locais.
“Todos se sentiram conectados de maneira muito emocional. Isso é bom.
As pessoas sentem que podemos fazer mudanças, podemos fazer as coisas de maneira diferente”, afirma, dizendo-se otimista com “o potencial humano e a capacidade de compaixão das pessoas”.
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Existem áreas em que a presença da Química é fácil de se perceber: na fabricação de plásticos , tintas, alimentos e na metalurgia, por exemplo.
Mas você sabe quanta química tem dentro do seu celular? No motor de um carro? Nas pilhas de seu videogame?
de São Paulo (USP)
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A atmosfera é formada de diversos gases, de água líquida das nuvens e de partículas sólidas em suspensão.
Todos esses materiais absorvem e transmitem a radiação solar. O vapor de água na atmosfera absorve parte da energia solar. Em grandes altitudes, o gás de ozônio absorve a radiação ultravioleta. Pequenas quantidades de ultravioleta podem causar sérias queimaduras na nossa pele caso atravessem a atmosfera.
Daí a importância da camada de ozônio, pois ela absorve a maior parte da radiação ultravioleta que incide na atmosfera da Terra.
Proteja a sua pele contra o sol
O sol é importante para a síntese da vitamina D na pele e fixação do cálcio nos ossos. Daí a importância das crianças tomarem banhos de sol por curtos períodos, diariamente. A disposição trazida pelos dias ensolarados deve ser acompanhada de moderação na hora da exposição ao sol.
As pessoas que moram em cidades longe do litoral, quando vão à praia, devem ir aumentando aos poucos os períodos de exposição, para dar tempo do bronzeamento ir aparecendo, o que protege a pele. Exposições exageradas e repentinas ao sol, principalmente em pessoas de pele mais sensíveis como os loiros, quase sempre tem como resultado um nariz vermelho e rosto queimado sem bronzeado.
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Novamente, utilizaremos as informações e os argumentos de José Goldemberg e Luz Dondero Villanueva: no livro Energia, meio ambiente e desenvolvimento, publicado pela Edusp, na pág. 179, encontramos dados relativos ao crescimento do consumo de energia mundial, algo próximo de 2% ao ano no período compreendido entre 1960 e 1990.
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Em primeiro lugar é necessário reduzir a demanda, não somente evitando o desperdício como também realizando serviços com menor consumo de energia.
O outro aspecto importante é a busca de fontes renováveis de energia, evitando a degradação ambiental.
Com o gás natural, as usinas termelétricas voltaram a ter prioridade. Somente o projeto Brasil_Bolívia prevê o trasporte de 30 milhões de metros cúbicos por dia. Caso essa parcela de gás natural seja utilizada para movimentar as termelétricas, é possível que haja aumento na produção de gás carbônico da ordem de 100 milhões de toneladas anuais ou cerca de 32% da quantidade emitida desde 1999.
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Quando usamos a frase "Não existe energia limpa", queremos dizer que, em pequena ou em grande escala, sempre há efeitos indesejáveis sobre o meio ambiente com a exploração e o uso das diversas formas de energia. Diariamente, a imprensa destina grande atenção às quastões ambientais. Os gases responsáveis pelo efeito estufa têm sido a pauta dos noticiários.
Dentre os gases estufa, o dióxido de carbono é apontado como principal causador do aumento da temperatura média no planeta. Os demais gases responsáveis pelo efeito são clorofluorcarbonetos, metano e óxido de nitrogênio. O ozônio também contribui para o efeito quando se encontra presente em atitudes menores.
No Brasil, dentre as diversas fontes de energia, a maior responsável pelas emissões e pela evolução do volume de gás carbônico na atmosfera é a queima dos derivados do petróleo.
O protocolo estabelece como meta reduzir as emissões de gases poluentes, produzidos nos países ricos, em 5,2% até 2012 em relação aos níveis desses gases em 1990.
Segundo ambietalistas, pesquizadores e diplomatas, o protocolo de kyoto tem mais resultados diplomáticos do que práticos. Alguns cientistas acreditam que o protocolo de Kyoto deveria estender-se no sentido de propor reduções de 5% em relação aos níveis de 1990.
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A energia obtida a parti da queda d'água nas hidreléticas pode parecer uma forma de obter energia sem causar efeitos ou impactos sobre o meio ambiente. No entanto, se consideramos as questões que envolvem a contrução da barragem, veremos que essa energia não é tão limpa como podemos supor.
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Os seres vivos também estão incluídos no príncipio da conservação de energia e suas diversas manifestações.
A cadeia alimentar consiste na transferência de energia entre os seres vivos no processo de consumir e ser consumido. A cada transferência, grande parte da energia é trasformada em calor (80% a 90%). Portanto, quanto mais próximo um organismo se encontra da origem da cadeia alimentar, maior será a quantidade de energia disponibilizada para ele. É importante lambrar que a "energia perdida" foi trasformada em calor.
No início do século XIX, o caráter experimental da ciência assistiu a novos fenômenos sem precedentes na história da humanidade. As observações experimentais ganharam ligações entre si. Pode-se dizer que o conhecimento foi contemplado pleo caráter interdiscipinar do saber.
Desde que o humano se organizou em sociedade, há milénios, ele vem utilizando o meio ambiente como fornecedor de recursos, ou seja, energia e matéria, e igualmente como assimilador de dejetos. A sociedade humana pode ser comparada a um organismo vivo com inúmeras facetas tal retira energia e matéria do meio externo e as empregas para se manter, crescer e evoluir. Respeitando as leis da termodinâmica, tanto a energia quanto a matéria, após serem utilizadas, são devolvidas degradadas ao meio externo, na forma de energia dissipada, resíduos, dejetos e poluição.
A água é, certamente, o recurso natural mais ambundante em nosso planeta e tem sido um dos mais afetados, tanto pelo consumo excessivo quanto por problemas causados pela deterioração de sua qualidade. Estima-se que nos últimos vinte anos a oferta de água limpa disponível para cada habitante de nosso planeta diminuiu 40%. Além disso, a qualidade de água tem se deteriorado de maneira crescente. As principais formas de poluição da água ocorrem pela presença de microrganismos causadores de doenças e morte, de matéria orgânica e nutrientes, tais como fósforo nitrogênio, e ainda de compostos orgânicos persistentes e de metais pesados.
Os químicos ambientais têm dedicado esforço considerável na elucidação do comportamento, da dinâmica e dos efeitos dos poluentes presentes nos ambientes aquáticos. Metais pesados, tais como mercúrio, chumbo, cádmio e cobre, entre outros, são muito utilizados na indústria e em outros setores e atividades. Em função disso, aportam em sistemas aquáticos por várias fontes e espécies. A forma física-química como um metal se apresenta é chamada de especiação química e os mecanismos que governam a especiação são importantes porque ela controla aspectos como a disponibilidade biológica e a toxicidade do metal. No caso do mercúrio, por exemplo, os compostos orgonomercuriais são muito mais tóxicos para mamíferos que os sais simples de Hg2+, pois apresentam características não=polares e podem ser biocentrados em tecidos biológicos. Assim sendo, a especiação química é um assunto da maior relevância, na medida em que tem implicações em uma das áreas mais importantes da Química Ambiental moderna, que é a toxicologia humana e ambiental, ou seja, a ecotoxicologia. Todos esses avanços buscam garantir que a água seja efetivamente utilizada de forma susteentável, uma vez que esse reecurso é vital para a sobrevivência da sociedade humana no futuro.
Marco Tadeu Grassi
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
De um modo geral, as leis naturais são acões que o universo impõe sobre tudo que dela faz parte, sejam corpos, sejam matérias de que são feitos. Cabe aos cientistas tentar explicar as razões da existência desses corpos, os fenômenos, que acompanham e suas submissões diante das leis que os regem. Para isso, criam modelos e teorias com o objetivo de justificar e existência e o comportamento de qualquer forma de manifestação.
Bilhões e bilhões de átomos fazem a matéria do Universo.
Um átomo solitário não tem cor, não tem sabor, é invisível, seus efeitos não são percebidos...Agora imagine muitos átomos, todos unidos constituíndo grupos, e esses grupos juntando-se a outros formando um conjunto ainda maior, até aparecerem as cores, os aromas, as faces lisas, as faces rugosas, a maleabilidade, e elasticidade, a flexibilidade, a rigidez, a transparência, a dureza, a resistência, o brilho, etc, enfim, tudo aquilo que se pode observar ao nosso redor, na natureza e nos ambientes produzidos pela tecnologia. Toda essa variedade de materias e suas qualidades já foram consideradas como sendo formas de água, ar, terra e fogo os quatro elementos fundamentais que constituíam o universo segundo nossos mais antigos mestres: os filósofos gregos.